G1PIAUÍ 'Cidadão de bem não tem direito de viver', diz irmã de PM morto no Piauí PM foi morto a tiros tentando evitar um assalto na Zona Leste de Teresina. Testemunhas relatam socorro à vítima, que chegou sem vida ao HUT. 07/03/2017 17h34 - Atualizado em 07/03/2017 17h34 Do G1 PI

'Nada vai trazer meu irmãozinho de volta', diz irmã de PM morto (Foto: Samantha Rodrigues/ G1)
Após a morte de um policial militar na Zona Leste de Teresina nesta terça-feira (7), as pessoas que socorreram a vítima e a família que perdeu o ente falam em frustração e revolta. Segundo informações da Polícia Civil, o cabo Valdir Mendonça do Vale, 43 anos, tentou impedir um assalto quando foi morto a tiros na Avenida Jockey Clube.
O PM chegou a ser socorrido, levado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas chegou já sem vida. "O cidadão de bem não tem direito de viver. Nada vai trazer meu irmãozinho de volta", disse a irmã do policial quando esperava pela liberação do corpo.
Cabo Moacir Silva levou o PM baleado para o
hospital (Foto: Samantha Rodrigues/ G1)


Thiago Amaral tirou a camisa e tentou estancar o
sangramento  (Foto: Samantha Rodrigues/ G1)
O fotógrafo Thiago Amaral tinha acabado de almoçar e saia de um restaurante quando escutou os tiros. O profissional viu o policial baleado no chão e correu para socorrê-lo. “Percebi que ele estava portando uma arma, que usava um cinto da polícia e que estava ferido. Tirei a camisa para tentar estancar o sangue, falei com ele, sabia que ele estava me ouvindo, mas ele não tinha mais forças para falar. Alguns curiosos e outros policiais a paisano começaram a chegar ao local. Quando a viatura chegou, o colocamos dentro. Ele perdeu muito sangue e infelizmente depois recebemos a notícia que ele tinha vindo a óbito", falou para o G1.

O cabo Moacir Silva, do 5º Batalhão da PM, fazia rondas pela região da Zona Leste de Teresina quando recebeu o chamado sobre o ocorrido. Ao chegar ao local, o policial colocou a vítima dentro do carro e a levou para o HUT.

"Nós trabalhamos de dia e ele estava escalado para trabalhar hoje à noite e infelizmente aconteceu isso. Nossa maior preocupação era trazer ele com vida ao hospital, viemos todo o percurso tentando estancar o sangue, tentando reanimar, mas ele perdeu muito sangue no local. Muito triste essa situação de ver nosso companheiro de trabalho naquele estado", contou o militar.
O delegado Francisco da Costa, o Baretta, afirmou que o crime é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte. "Nesse caso a investigação já entende como um latrocínio porque o bandido queria cometer um roubo e o policial tentou impedir. Já sabemos que o criminoso foi ferido na perna, mas ainda não procurou atendimento médicos", disse o delegado de homicídios.
A Polícia Militar do Piauí realiza diligências para identificar e prender os responsáveis. O corpo de Valdir Mendonça foi liberado pelo HUT e levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde irá passar por  procedimentos que detalhem como o militar perdeu a vida.

Mateus Sá Oliveira, de 18 anos, levou um tiro no pescoço em, Teresina (Foto: Samantha Araújo/G1)
Jovem também foi baleado
Mateus Sá Oliveira, de 18 anos, foi atingido por uma bala no pescoço durante troca de tiros que terminou com a morte do policial militar Valdir Mendonça na Avenida Jockey Clube. O jovem estava dentro de um ônibus quando foi atingido. Com o ocorrido, o próprio coletivo levou a vítima para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Após avaliação, o estudante teve alta horas depois.
Segundo informações do HUT, o estudante realizou exames e seu estado de saúde é estável, sem risco de morte. Uma tomografia revelou que a bala entrou no corpo próximo a nuca, pelo lado direito da vítima. Avaliações médicas mostraram que o projetil não atingiu nenhum órgão vital e queestá descartada uma cirurgia para retirada da bala.

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